Túmulo de D. Rodrigo do Rego

Este túmulo data, provavelemente, da primeira metade do séc. XV e encontra-se na Sé de Silves. Apesar de anepígrafo, tem sido atribuído a D. Rodrigo do Rego. Dentro da Sé subsite outro brasão idêntico, atestando uma fase de construção deste prelado, fazendo com que este túmulo pode ser atribuído com segurança a D. Rodrigo.

As suas armas apresentam ainda a peculiaridade de terem uma contra-banda em vez de uma banda, ao contrário da figuração oficial das armas dos "do Rego". Uma fotografia de uma pedra de armas deste prelado foi a capa da revista "Monumentos nº 23".

Capela de Francisco Gorjão

Foi recentemente publicado pela Dislivro Histórica o livro "Gorjão Henriques" de Nuno Gorjão Hennriques e Miguel Gorjão-Henriques. Neste livro encontramos a história desta família com capela na igreja matriz da Roliça, fundada por Francisco Gorjão em 1562. Nesta capela, de invocação do Espírito Santo, encontramos o brasão deste Francisco Gorjão, ainda com vestígios da sua pintura original. Podemos então saber que Francisco Gorjão usava de: em campo verde, um leão de ouro, lampassado de vermelho. A flor de lis que se encontra sobre o leão já não tem vestígios da pintura original.
Curiosamente a carta de brasão de armas passada a João Gorjão em 1501 e transcrita e fotografada no citado livro, o campo é de vermelho. Os descentes da família Gorjão Henriques, descendentes de uma irmã de João e Francisco Gorjão, continuaram a usar as armas em campo vermelho até à actualidade.
Fica aqui a fotografia do citado brasão, um dos mais belos exemplos de escultura heráldica que conheço.

Túmulo de D. Sancha na igreja de S. Domingos

Na igreja de S. Domingos, no Rossio, encontra-se o túmulo medieval de D. Sancha, mulher de D. Joane Anes Palhavã. A inscrição do mesmo encontra-se transcrita na obra de Mário Barroca sobre epigrafia medieval, publicada na Gulbenkian. É um belo exemplar de escultura tumular portuguesa do século XIV.
O túmulo encontra-se no claustro, para o qual é necessária autorização para visitar.

Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais

Em Portugal, onde a preservação e inventariação do património é muitas vezes incipiente, é de louvar iniciativas como as da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). Esta criou a maior e mais abrangente inventário do património arquitectónico on-line. Está disponível em:
www.monumentos.pt

A busca avançada permite cruzar todo o género de informação: cronológica, geográfica, etc.
è ainda de salientar a inclusão de inúmeros imóveis não classificados pelo IPPAR.

Apresentação

Este blog é dedicado às minhas viagens pelo país em busca de brasões medievais. Há já alguns anos que percorro Portugal de "lés a lés" (esta expressão é retirada da obra de Luís Pastor de Macedo - Lisboa de Lés a Lés) inventariando manifestações heráldicas, de preferência medievais.

Questões relacionadas com o património e a sua preservação, algo que me preocupa bastante, vão também ser alvo de reflexão neste blog.